OS OCEANOS ESTÃO MUDANDO

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Seis razões para sermos "verdes"

Como publicado no post anterior, se o dinheiro sustenta seis boas razões para a tomada de decisão de países e empresas não caminharem na direção de se tornarem verdes, qual é a parte que nos toca enquanto consumidores? Se nós tomamos as decisões de consumo, seja nos países como na hora de comprar os produtos das empresas, que tal criarmos nossas seis razões para sim, sermos verdes? Claro, nada pode ser considerado ao pé da letra, porque senão vamos nos perguntar como é possível usar a terra para plantar vegetais que nos sirvam como combustível, enquanto nos mantemos confortavelmente queimando-o em nossos carros...
Petróleo: ainda nos restam escolhas: carro flex, carona com os amigos, andar de byke, caminhar muito mais e deixar o carro na garagem...não vou mencionar metrô, pois dia desses li que em São Paulo há 9,1 pessoas por metro quadrado nas estações do metrô. Brincadeira de mau gosto daqueles que governam este estado há tantos anos. Geração de energia:vamos economizar energia elétrica continuamente; vamos apagar lâmpadas enquanto nos movemos entre os espaços em nossa casa, vamos desligar equipamentos elétricos e eletrônicos quando em stand by, vamos substituir as lâmpadas comuns pelas econômicas ( concordo que são meio feias, mas podemos ocultá-las atrás de uma luminária, não é?). Consumir menos, já que os países não o farão. Em tempo,a exploração política do pré-sal de repente dá o tom de que o óleo pertence ao governo Lula e não aos brasileiros. Certificação de conformidade não é grátis: não precisamos de rótulos nem selos que nos façam parecer ser aquilo que queremos ser: vamos praticar o que queremos ser (acho que a frase é do Gandhi). Na prática podemos cuidar da coleta seletiva em nossa casa, condomínio, rua, bairro...Saber mais, questionar por que plástico, vidro,lata ou papel? Será que precisamos mesmo consumir uma dezena de produtos que as empresas fabricam? Quer um exemplo? O rolo de plástico flexível que usamos para cobrir sobras de comida ( sabe o que é?) : por que não substituí-lo por pequenos potes de plástico que podem ser usados um sem número de vezes sem gerar resíduo?? Desafios de um país: usando as palavras de Edgard Morin, "o maior desafio dos brasileiros é vencer a corrupção". Isso não tem nada de verde.
Custo de tecnologias limpas: esta linguagem é industrial mas o paralelo que nos afeta diretamente é a escolha de orgânicos, carne sem antibióticos e hormônios, carne que NÃO seja proveniente do desmatamento na Amazônia, grãos que NÃO sejam transgênicos (milho, soja e arroz), atenção aos rótulos dos produtos que consumimos, solicitação de informação aos SAC- serviço de atendimento ao consumidor- tanto quanto tivermos disposição visando a dissipar dúvidas. Por que eu? Mais fácil é achar que os outros farão aquilo que tem de ser feito para limpar o planeta. O modelo industrial abrange extração- fabricação- distribuição- consumo e, feliz ou infelizmente, tratamento dos resíduos. Fritjof Capra diz que "nenhum ecossistema produz resíduos, já que os resíduos de uma espécie são o alimento de outra". Capra diz que a reciclagem é o princípio chave da ecologia e que até mesmo numa célula vegetal, encontra-se um centro de reciclagem como parte de seus processos metabólicos. Ou seja, sobraram para nós, consumidores conscientes, o consumo e o lixo!
Anda Ambiente - um a um por todos.

Um comentário:

  1. Angélica,
    Mais uma vez, arrasou com esse texto que tenta despertar as consciências para um comportamento mais compatível com o processo ambiental pelo qual o planeta vem passando, parabéns...
    vou sempre ler seus textos que são muito bem elaborados.
    abraço.

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