OS OCEANOS ESTÃO MUDANDO

segunda-feira, 29 de junho de 2009

DEFINIÇÕES ÚTEIS

Fala-se mal dos (inegavelmente) úteis materiais plásticos ultimamente. São (inegavelmente) os vilões da terra e do mar. Pedaços do que foram produtos dos quais nos servimos e descartamos sem pesar e principalmente sem pensar, são os campeões de mortes de pássaros e animais marinhos oceanos e mundo afora. Então, fala-se em bioplásticos, plásticos degradáveis e oxibiodegradáveis e outros termos, no sentido de trazer a salvação para o mal causado pelas (inegavelmente) visíveis sacolas plásticas convencionais, que surgem em toda parte, seja em praias desertas ou movimentadas, seja nas ruas das cidades ou nos aterros. Ainda há bem poucos produtos reais feitos desses novos materiais, por enquanto, por razões que afetam o bolso dos consumidores globais. Algumas definições úteis ajudam-nos a compreender o que são esses "biomilagreiros" materiais que nos permitirão dormir em paz porque não veremos mais sacolas plásticas voadoras! Claro, desde que os consumidores fiquem atentos!

Degradação:Redução do tamanho das moléculas do material a partículas através da ação da oxidação( com oxigênio).

Bio-degradação: Processo pelo qual os micro-organismos (bactérias, micróbios, algas) quebram a matéria e formam como resíduo dióxido de carbono,água e biomassa.

Compostabilidade: Processo através do qual, na presença de água e calor as moléculas de um material são transformadas em dióxido de carbono,água e biomassa num espaço de tempo muito curto (menos que 140 dias segundo a Norma ASTM D 6400-04).

Oxi-degradação ou Oxi-biodegradação: O mesmo processo que a degradação e bio-degradação,com a adição de um catalisador para acelerar o processo. Quando as moléculas forem reduzidas a um tamanho suficientemente pequeno,elas podem então ser ingeridas por bactérias( bio-degradação).

Foto-degradação: Decomposição do material quando exposto à energia radiante,tal como a ação da luz do sol,que cria mais alta reatividade e causa oxidação ou qualquer outro tipo de degradação.

Quero chamar a atenção para os projetos de leis que pipocam em cidades, estados e até no Senado focalizando os vilões plásticos e as mal amadas sacolas que estão sob os holofotes.

Em matéria publicada pelo OESP em 27/02/09, o coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SP), Casemiro Carvalho disse: “A obrigatoriedade do uso de uma tecnologia de degradação não vai resolver o problema dos resíduos sólidos. Quando a sacola vai para o aterro, não se biodegrada. A última coisa que vai receber ali é oxigênio e luz. Só seria recomendável usar esses plásticos se tivéssemos condição adequada de compostagem”. Em 2004 somente 1% do lixo no Brasil era disposto em usinas de compostagem, segundo publicado pelas "Fichas Técnicas" do CEMPRE, Compromisso Empresarial para Reciclagem. Quando os supermercados não nos oferecerem mais sacolas é bastante provável que aumente a produção de sacos de lixo feitos do mesmo plástico. Se olharmos o assunto sob outra perspectiva, vamos perceber que falta mesmo é resolver o problema do acondicionamento do lixo e não necessariamente acabar com as vilãs voadoras. Mas, de quem é esse problema?

Um comentário:

  1. Muito informativo o texto,nos dá mais familiaridade com a linguagem da ecologia ,que tem que fazer parte do dia a dia de rodos nós.
    um abraço.

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