OS OCEANOS ESTÃO MUDANDO

terça-feira, 21 de abril de 2009

"A farra das sacolas plásticas"...comentário sobre artigo de André Trigueiro amplamente divulgado alguns anos atrás

Sem fazer apologia sobre os plásticos, gostaria que todos meditassem sobre as linhas abaixo a respeito da matéria "A farra das sacolas plásticas", do jornalista André Trigueiro, publicada alguns anos atrás .Há realismo e entendimento do problema, quando disse, por exemplo, no OESP em 27/02/09, o coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SP), Casemiro Carvalho: “A obrigatoriedade do uso de uma tecnologia de degradação não vai resolver o problema dos resíduos sólidos. Quando a sacola vai para o aterro, não se biodegrada. A última coisa que vai receber ali é oxigênio e luz. Só seria recomendável usar esses plásticos se tivéssemos condição adequada de compostagem”. Falta encarar o problema de frente: a questão que necessita de uma resposta adequada e urgente é como acondicionar o lixo úmido/ orgânico/doméstico levando em conta o menor impacto ambiental do descarte a um custo que todo o mundo possa pagar? Imaginem que amanhã iremos acordar e todos os habitantes do planeta terão 100% da consciência necessária para separar e destinar corretamente os resíduos recicláveis, que a indústria tornou-se pró-ativa e encontrou novos métodos de reciclagem/reaproveitamento/ reutilização da grande maioria das sobras dos produtos industrializados e que os governos não tenham interesses que se enterrem nos aterros. ( Mundo utópico esse! ) Qual será o problema a se apresentar nessas condições? Investigar e identificar a forma de resgatar do lixo os materiais que persistem no meio ambiente (e, portanto, não se aplicam à compostagem) e incentivar seu reaproveitamento. Na Política Estadual de Resíduos Sólidos do ESP está prevista a criação do Fundo Estadual de Resíduos Sólidos para financiar projetos de reciclagem nos municípios e promover a participação da sociedade. Só não sei se está implementado; este Fundo deveria ser gerenciado por representantes das partes (indústria, administração pública e população) e juramentado contra corrupção. Usinas de incineração com reaproveitamento de energia ainda me parecem a coisa mais certa para os resíduos plásticos. Os dois principais entraves são o efetivo controle da poluição de uma usina dessas bem como o alto valor do investimento. Usinas de despolimerização química, são unidades menores que convertem Polietileno ( o plástico das sacolas) em óleo e podem ser uma solução mais econômica pois instalações menores poderiam ser distribuídas pelas regiões geradoras do lixo. A petroquímica aceitaria resgatar as sacolas dos lixões para retirar-lhes o conteúdo energético na forma de óleo ? O problema é MUITO maior do que mostram as sacolas plásticas das quais nos servimos sem outra opção que combine custo, resistência mecânica e propriedades físicas;inegável, não é? A administração pública serve-se delas como ponto de partida, para resolver um problema de saúde pública!! O destino deste planeta cansado está ainda em nossas mãos. O que cada um de nós faz, conta! A.T.- Anda AMBiente, 21/04/2009

3 comentários:

  1. Olá, Angélica
    Vi seu blog através de uma amiga 'seguidora'. Amei, porque também luto por um planeta melhor. Estou em:
    http://multivias.blogspot.com
    Um carinhoso e verde abraço!
    Luísa.

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  2. Em minha casa já diminui a quantidade de sacolas plásticas, levando ecobags para as compras, mas ainda condiciono o lixo úmido em plástico. A solução para as sacolas plásticas precisará ser muito estudada, já que a vida da dita cuja é longa.

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  3. Luisa e Denise,já sou seguidora dos seus respectivos blogs.Não podemos descansar nunca diante de temas de tamanha complexidade!
    Beijos e obrigada!
    Angélica

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Olá, sejam bem vindos! Obrigada por compartilhar com o Anda AMBiente.Até breve!